sexta-feira, 31 de julho de 2009

gripe do porco.

"Há noites que não posso dormir de remorso
por tudo o que deixei de cometer.
"
Mário Quintana
Mais um devaneio, só pra variar. E há ainda quem pensava que este blog algum dia viria a ser útil!

Recebi a notícia de que minhas aulas na faculdade seriam canceladas até dia 10 de agosto. A decisão abrange todas as unidades da UFPR no estado, devido ao aumento do número de casos de jovens e adultos atingidos pela formalmente conhecida gripe H1N1 (gripe suína, para os conhecidos mais íntimos).
O problema é... Exelente. Ganhamos dez dias. Mas, no que eles realmente ajudam? Curar todos os doentes e erradicar a peste em dez dias? Acho que não.
Uma breve conversa com meu pai me levou à uma visão absurda e apocalíptica. Não, fiquem sossegados, não sou médium nem nada. Pelo menos não que saiba. A idéia me entrou na cabeça como se fosse um roteiro de filme. Talvez eu aproveite estes dez dias para escrevê-lo, nem que seja em curta-metragem.
Em meu devaneio, tomava banho para uma sexta-feira normal de férias. Me trocava, maqueava, e, por fim, vestia uma máscara cirúrgica. Saía para a sala, afim de pedir para meu pai abrir o portão e: tanã! Ele usava o mesmo acessório.
Saindo pela rua, nenhuma alma-viva. O clima cinzento de inverno parecia pior do que nunca, quase negro. Dentro do ônibus, mais vazio que o usual, todos com as mesmas máscaras brancas.
Chegando à praça onde usualmente encontrava meus amigos, más-notícias: óbito de alguém que conhecia pouco. "Vamos ao funeral?", alguém dizia. "Não sei, o que vocês acham? Na volta podemos sair para beber".
Junto do povo, começamos a andar pela rua. No caminho, cortejo fúnebre passando pela rua vazia. Pouca gente se atrevia a ir a enterros, então apenas dois carros seguiam o caixão.
Paramos para comprar qualquer besteira em uma banca. Numa pequena televisão, um homem de terno era entrevistado: falava sobre a crise econômica acarretada pelo adiamento de todas as funções. Funcionários obrigados a trabalhar neste período de pandemia tinham motivo o suficiente para processar os patrões - o pânico atingia a todos, uma vez que os remédios faziam pouco efeito diante do virús.

Agora imaginem que entrou o comercial e sua mãe decidiu mudar de canal para assistir a novela. Fim de história, sem direito a reprise para saber o final!
E não vale me xingar!
Vou guardar o meu trunfo para caso decida realmente escrever isso.
Mas confio que ninguém venha a roubar minha pobre idéia - poucas almas-vivas lêem este blog. '~'

Um comentário:

  1. Um cenário pesado, realmente.Dá pra imaginar?
    Facilmente com as mais variadas histórias que vemos por aí, "blockbuster-ianas" ou não.
    Quase um Resident Evil, não?
    Mais pra um residente filho-de-uma-!@!#@%$#¨%&¨*&¨%.
    Mas não sei, não sei.Fiquei pensando nisso que você falou...Do - Porque adiar as aulas em 10 ou 17 dias?
    O que passou pela minha, limitada, cabeça é que talvez seja pra ajudar a conter um pouco mais.Afinal, na faculdade e nas escolas com o número de alunos vindos de todas as partes desse Brasilzão, as chances são reais.
    Mas escreva sobre seu roteiro, ficarei muito feliz em ler mais de suas produções.

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