segunda-feira, 1 de junho de 2009

crises & crises.

"[...] Quero que a estrada venha sempre até você,
e que o vento esteja sempre a seu favor.
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão,
e que esteja ao seu lado
seu grande amor."
Tempo Ruim
Matanza
Bom, mais uma semana, mais uma crise. Descobri que não posso chegar perto de câmeras fotográficas - acho que é um feitiço que elas têm sobre mim. Sempre quis levar isso um pouco mais a sério, mas é um hobbie caro e que toma tempo. Sem contar, que não é a profissão mais indispensável do mundo... Pra isso: faculdade de química. Quase me arrependo da decisão - as aulas me matam.
Enfim. Tenho essa mania de fotografar poses. Simplesmente adoro ter modelos. Deve ser uma espécie de compensação por não gostar de mim mesma em fotos. Meses atrás, ganhei uma boneca japonesa de minha tia, presente de aniversário. Linda, deslumbrante. Diferente de qualquer outra que tinha visto na vida. Aproveitando que minha prima de quatro aninhos tem milhares de roupinhas de Barbie (que ficam meio larguinhas na Shizuma, mas nada que uma fita crepe não resolva), eu surto. Virou meu passatempo.
Acho que minhas fotos dão pro gasto... Até hoje, não recebi nenhuma crítica negativa. Mesmo quem não gosta da minha saturação carregada, contraste forte e sombras definidas, adora as roupinhas e poses.
Na verdade, o fato de não receber críticas até me deixa meio com o pé atrás... Mas isso é outra história.
***
Como estou animada pra estorvar quem quer que se submeta a essa tortura psicologica que chamo de blog, vou continuar com a segunda história (weee~~!).
Sempre fui uma garota meio desconfiada. Não por algum trauma, ou algo assim. Acho que só porque desde pequena, me acostumei que as pessoas nem sempre dizem a verdade. O conceito de mentirinha social me foi introduzido cedo demais - e talvez seja isso que torne meu caráter tão arredio.
Eu nunca soube como receber elogios. Acho que porque nunca acreditei muito neles. O que me garante que as palavras não sejam apenas da boca pra fora? Lógicamente, evito esse tipo de coisa. Prefiro ficar quieta a falar inverdades.
Esse tipo de coisa vive pairando em torno de minha cabeça... Acho que só acredito mesmo em minha mãe (a sinceridade dela é ácida, bem parecida com a minha). É ela que só me diz que estou bonita quando uso uma blusa parecida com outra que ela tem, ou que me avisa que engordei, ou que não gostou da cor do meu cabelo. Não que nada disso mude o que faço, mas já é uma opinião.
De vez em quando, engulo o que outras pessoas dizem, mais por não bater de frente que por realmente aceitar. Não fico procurando o que é real ou não. Tanto faz - cada um convive com sua culpa.
(não sou religiosa, mas acho que ações moralmente aceitas como erradas pesam na consciencia dos individuos - ao menos da maioria deles. então, que se danem. fazer o que...?)
Porém, ao contrário do que muita gente acha, viver assim não me deprime. Partir do principio que a mentira é intrinseca e o pessimismo é o que há chega a ser estimulante. Cada alegria é lucro. Quando alguém me convence de que realmente gosta de algo que faço, é sempre festa. Quando me decepciono, não me importo - já era o esperado.
São raras as vezes em que a dúvida me dói. Por exemplo, não saber o que se passa na cabeça de meu namorado acaba comigo. Mas acho que pequenas ações me convencem de que ele é sincero, nem que por breves instantes (decorar meu telefone, dar um jeitinho de me ligar quando pode, me aguentar todo santo fim de semana, fazer comida...). Nos outros, me pergunto que diabos vê nesta gorduxa esquisita de voz estridente.
(se bem que certezas me levam ao comodismo, por isso não me importo em resolver estas dúvidas... até que realmente me afetem realmente.)
Mas, acho que isso toda mulher tem... Ou não?

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