sábado, 27 de junho de 2009

igual.

"[...] Não quero nem saber,
acendo um cigarrinho pra pensar
que meu passado foi pra nunca mais,
e que até hoje onde vou,
percebo que ninguém vai parar pra assistir
...
Se há uma luz, quero tocar,
antes de nunca mais! [...]"

Nunca Mais
Relespública
Dezoito e uns quebrados... Quase duas décadas, das quais me lembro pouco.
De repente, todo esse tempo parece um disperdício. A maior parte dele, perdido dormindo. Outro tanto no sofá da sala. Mais um pouco olhando o teto, pensando nessas porcarias que aqui escrevo.
Desses dezoito, uns dez passei esperando a liberdade - yes, eighteen years! Partee time!
Ao chegar aqui, percebi que não era bem assim. Bati tão forte naquele muro chamado realidade que o nariz afundou dentro do meu rosto. Delírios diferentes dos comuns surgiram, devido à lesão no meu já ineficiente crânio.
Mesmo antes, sempre fiz tudo que me tentava. Fui à bares, shows, festas. Bebi sem restrições. Beijei quem tive vontade, e até mais. Dormi onde me agradava - ou onde podia. Voltava à hora que queria. Vestia as roupas que achava bonitas. Mudava a cor e o corte do cabelo sem pedir autorização. Jamais me importei com o que meus pais diriam, os estranhos pensariam.
Talvez seja por isso que a maioridade de repente me pareça algo inútil.
Não me mudei. Não me livrei da família. Não arranjei um trabalho, não ganhei meu sustento. Não me senti mais adulta.
E é por isso que, de repente, uma frustração me ataca. Qual o valor desses malditos dezoito anos, que a carteira de identidade alega?!
Minha revolução não deu sinal de vida. Sequer existiu, para falar bem a verdade.

De repente sinto falta dos planos absurdos e surreais que fazia aos dezesseis...

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