terça-feira, 23 de junho de 2009

mais do mesmo.

"Para onde vamos daqui?"
Endless Deep
U2
Tenho me sentido abandonada nos últimos dias. Não sei exatamente porque, de repente, essa sensação me atacou tão irremediávelmente, mas é como se me sufocasse. Tenho vontades contraditórias. Quero correr e gritar, sentar no chão e chorar, andar e respirar devagar. Tudo ao mesmo tempo.
Minhas certezas e vontades foram abaladas. Meus planos não fazem mais sentido. Não tenho vontade de levar nada adiante. O futuro parece tão distante que não vale a pena pensar nele.
Meu quarto está em desordem, mas para quê arrumar tudo, se sei que não vai durar dois dias?
Minhas férias estão chegando, mas para quê esperar por elas, se não sei se voltarei no próximo semestre?
Espero ansiosamente por mais uma sexta-feira, algumas horas de liberdade.
Espero recuperar a sanidade, que perdi em algum lugar no caminho de volta para casa.

E o que mais me desconcerta é que um dos seres mais incertos que conheço agora é meu porto-seguro. E, não, não direi que não temo mais o naufrágio, que a cada instante me atormenta como possibilidade.
Mas, certamente... Ancorar parece cada vez mais fácil e confortável.

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