sábado, 6 de junho de 2009

divagar.

"Às vezes parecia que de tanto acreditar
em tudo que achávamos tão certo...
Teríamos o mundo inteiro, e até um pouco mais.
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro... [...]
"
Andrea Doria
Legião Urbana
Evito a solidão. Ficar comigo mesma me obriga a pensar, algo que nem sempre me faz bem.
Mas, como nem tudo é perfeito, caminhei acompanhada de mim por duas quadras e meia até em casa. Felizmente, não me frustrei.
Na verdade, este diálogo íntimo serviu para me lembrar de algumas coisas importantes... Questões nas quais não pensava há anos. Talvez o que venha a seguir pareça confuso, já que na realidade são três questões distintas, resumidas em uma só. Mas, como vieram todas juntas, o turbilhão é quase indissociável.
Antes de começar essa torturinha, preciso abrir um parênteses. Grande parte de tudo isso de que me lembrei tem como fonte uma pessoa especial. Alguém que, infelizmente, não vejo há tempos. Nos conhecemos em um acaso, anos e anos atrás, e nos afastamos por razões estúpidas. Sinceramente, lamento esta distância. Pena que sou tão distraída a ponto de deixar o tempo passar sem perceber. Espero que esta pessoa leia isto, e saiba que, apesar da falta de contato - nos vemos de ano em ano - foi e será sempre uma parte especial de minha vida. Suas idéias são parte do que me tornei. Sou grata por tudo, apesar de não parecer, e espero que o seu futuro seja brilhante como merece.
Enfim, sem mais melodramas. Dê-se inicio ao massacre!
Você mente?
É uma pergunta estranha. A resposta sempre parece uma mentira, mesmo que seja verdade. Jamais saberemos com certeza a sinceridade da pessoa, afinal, um mentiroso mentiria descaradamente. Já quebrei minha cabeça milhares de vezes, pensando em como dar fim a este dilema. Resultado: litros de superbonder gastos, e meses evitando raciocínios complexos.
O principal motivo de tudo isso é uma coisa estúpida. Neste exato momento, meu namorado está em uma festa, com um amigo meu. E, apesar de tudo - afinal, a criatura tem um passado negro - acho que confio que ele me deixe sobreviver esta noite sem me presentear com uma galhada.
Sempre imaginei fidelidade como uma coisa relativa. Isso normalmente não faz sentido para pessoas que não sejam eu mesma.
O mais importante é não se trair. Se você se sente bem com alguém, enganar esta pessoa magoa mais a você - talvez a pobre alma jamais descubra. E, se descobrir, então, são dois para te condenar: você mesmo e aquela pessoa querida.
Mas, se trair e a consciência não pesar nenhum pouco, más notícias: você vive uma farsa. Melhor sair do relacionamento antes que piore. Acho que entra aqui a pena que sinto por uma figura declaradamente comprometida que vive me perguntando quando vou visitá-lo. Mas, isso é outra história e cada um com seus problemas... Se lhe apraz, dizer o que?
Por isso e outras razões, mesmo que meu namorado me diga que posso perguntar ao amigo tudo que quiser saber... Não vou levantar a dúvida. Primeiro porque ele pode mentir, e, segundo, porque confio.

Sinto muito pelo blog parecer um querido diário, e pela lastimável ordem no que escrevo. Tô com sono e vou dormir.
Ah, e pras pessoinhas que leem essa porrinha... Comentem, nem que seja pra dizer "estive aqui". ;X

Nenhum comentário:

Postar um comentário