quarta-feira, 11 de novembro de 2009

sono.

"fala a verdade, por favor,
diz que é mentira esse rumor,
que você anda sofrendo,
que você anda morrendo de pavor.
"
Ludov
Dorme em Paz
Cada vez em que me deito é a mesma coisa. Acendo um abajur, alcanço um livro. Tento me vencer pelo cansaço. Nunca venço ou sou vencida. Fico na eterna queda-de-braço entre pensamentos infames e sono.
O silêncio do quarto incomoda. Irrita tanto que me pego mentalizando o som da sua respiração, seus murmúrios noturnos...
Depois de mais uma noite inteira insone, simplesmente desisto. Espero o amanhecer, sentada na calçada da casa, xícara de café na mão.
Cada gole da bebida amarga intensifica o gosto da minha esperança.

Menti. Ergui uma fachada de conformidade.
Não preciso que prove que estou errada.
Eu continuo a negar incessantemente que estou.

Até lá, supero cada dia de transtorno pacientemente.

Um comentário:

  1. Eu queria ter a chance de estar aí.Eu queria poder ser aquela mão no ombro que diz, sinceramente: "Vai lá, você consegue, e já conseguiu".
    Eu queria ter a chance de estar aí apesar de todas as possibilidades de reviravoltas e caminhos que não foram considerados com cautela.
    Mas aqui estou, na calçada da frente tomando meu café já frio, apenas olhando.
    Me desculpe, é o que eu tento gritar.

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