quarta-feira, 2 de setembro de 2009

mudanças.

Sumi por mais tempo do que deveria. Quem tem meu msn percebeu - nada mais de logar por semanas inteiras, ou passar horas de papo com o vento!
Algumas decisões importantes merecem minha atenção, até que algumas coisas se resolvam. Se tudo der certo, minha vida vai mudar drásticamente. Mais responsabilidades, mais compromissos... Mais liberdade.
Enfim, nada que possa ser discutido até estar tudo certo.

Pois bem, continuando nessa linha, o assunto de hoje são mudanças.
Fico feliz em perceber que a maioria dos meus colegas está amadurecendo. Isso me impulsiona com um pouco mais de intensidade - se eles conseguem, porque não eu? Afinal, sempre almejei as mesmas coisas que a maioria dos adolescentes, como sair de baixo da asa dos pais, aprender a viver sozinha.
Um dia eu fui uma otáriazinha que se achava boa demais. Tomei na cara e aprendi que ninguém é o que pensa de si mesmo. Ser consiste em uma pessoa para observar. A típica dúvida: se uma árvore tomba no meio de uma floresta vazia, ela faz barulho?
Depois, fui uma outra imbecilzinha, que se lamuriava pelos cantos, fazendo papel de vítima da sociedade. A época mais revolta da minha vida, que, acredito, seja a razão dos distúrbios na paz da relação que tenho com minha mãe. Eu berrava contra as injustiças, condenando a mim mesma por ser parte de uma parcela privilegiada da sociedade.
Então, mudei mais uma vez. Na real, acho que digivolvi, e virei uma ativistazinha de merda, antes mesmo de ser cult ter opinião sobre tudo e no fim não fazer porra nenhuma. Isso aos quinze anos.
Percebi que não tinha sucesso e assumi minha postura mais desligada. Mandei tudo às favas e simplesmente aproveitei o que a vida me dava. Desde que não exigisse esforços, claro!
Até que, nesse exato momento, decidi me esforçar e conquistar coisas por mim mesma. Acho que tenho sucesso quebrando a inércia que me impedia de me mover, como comentei no último post. Espero que dure bastante essa paciência de atingir objetivos... Afinal, empenho é palavra nova no meu vocabulário.
***
Aliás, aproveitando o tema, vou dar uma agulhada desnecessária em certa criatura. Duvido que o ser em questão ainda leia essa droga de blog. Entretanto, se ler... Saiba que isso não é uma opinião pessoal. Aliás, nem pode ser, afinal, tenho minha parcela de culpa no cartório em relação ao caso.
Ah, outra coisa. Se ler, saiba que ficar chateado não muda o que várias pessoas sentem a seu respeito. Só uma postura diferente pode fazer isso.
Sabe aquele playboyzinho que fica mudando de amigos de seis em seis meses porque acha que ninguém é bom o suficiente? Aquele que tenta comprar amizades com festas, e depois acha que todos que ele convidou foram interesseiros? Aquele que se acha no direito de dar cantada nas meninas que foram na casa dele, mesmo que elas estejam acompanhadas? Bem aquele, que depois disso tudo, não sabe porque o pessoal evita ele.
Não é que as pessoas queiram a sua grana. É que sem ela, você não se sente poderoso. É que sem ela, você não acredita que tem poder. Dinheiro por dinheiro, você ainda tem - porque, então, será que ninguém mais te chama pra sair?
É aquele playboyzinho, que depois de levar dois ou três cortes, diz que a galera com quem ele está saindo é mais legal que o outro grupo... Sendo que, quando o conhecemos, ele já conhecia várias pessoas com as quais ele sai agora, e dizia a mesma coisa a respeito deles.
O que será que isso diz a respeito de um marmanjo?
Perdão se a gente se esforça pra estudar e conseguir uma grana pra sair, enquanto pra você tudo é fácil. Perdão se ninguém precisa te ver esfregar na nossa cara que você tem, sozinho, verba pra pagar a nossa vaquinha do gole, e que você sempre dá mais pra inteirinha. Deu porque quis, porque podia colaborar do mesmo jeito que todo mundo faz.
Perdão por a gente ter as amizades e as piadas.
Acho que exagerei, então, meu último perdão por ser tão dura, fria e seca.
Se ler isso, defenda-se. Mas não pra mim. Pra quem ainda se importa um pouco contigo, e já disse isso na sua cara.
Que eu tô é pouco me fodendo.

Um comentário:

  1. O resumo de uma vida e suas fases e posturas, com um final feliz.Acredito.
    É uma teoria interessante a de que as pessoas naturalmente evoluem, se é pra melhor ou pra pior? se realmente existe uma evolução "negativa"? Quem sabe...
    Enfim, fico feliz.
    Fico feliz que você esteja ciente de seus próprios defeitos.Não saber é um grande defeito da maioria das pessoas, inclusive um defeito meu, gravíssimo.
    Belo texto, como sempre, não esperava menos Milka.
    Cuide-se! e volte mais pra esse Mundão sem chão nem parede.

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